Sopros cardíacos em pets são sons anormais produzidos durante o ciclo cardíaco. Eles ocorrem quando o sangue flui de maneira irregular pelo coração. Esses sopros são detectados por meio da auscultação, exame realizado com o estetoscópio durante a consulta veterinária. Embora possam parecer alarmantes, nem sempre indicam uma doença grave. Em muitos casos, o som pode ser fisiológico, especialmente em filhotes, e desaparecer com o crescimento. Ainda assim, qualquer alteração na ausculta cardíaca merece investigação.
A classificação do sopro cardíaco depende da intensidade e da localização. Nós os medimos em uma escala de 1 a 6. Quanto maior o número, maior a intensidade do sopro. Isso ajuda a definir a gravidade do caso. Muitos tutores descobrem o sopro por acaso, em exames de rotina. Por isso, o acompanhamento regular é indispensável. O ecocardiograma é o exame de eleição para diagnosticar o provável sopro cardíaco, e o veterinário pode recomendar outros exames para uma avaliação mais completa. A partir desses exames, será possível diferenciar entre sopros inocentes e os causados por cardiopatias.
Sopros cardíacos em pets: quando são preocupantes e como agir
Nem todo sopro cardíaco representa um risco imediato. No entanto, é importantíssimo entender quando eles sinalizam problemas mais sérios. Sopros associados a sintomas clínicos, como dificuldade para respirar, perda de peso, fraqueza e desmaios, por exemplo, exigem atenção imediata. Nesses casos, a chance de o pet ter uma cardiopatia aumenta significativamente. Em animais idosos, os sopros costumam estar ligados a doenças degenerativas das válvulas cardíacas. Já em filhotes, podem estar relacionados a defeitos congênitos. Em ambos os casos, a avaliação precoce por um cardiologista veterinário permite iniciar o tratamento adequado e aumentar a expectativa de vida do animal.
A conduta pode variar bastante conforme o diagnóstico. Isso porque alguns pets vivem anos apenas com acompanhamento regular, sem necessidade de medicamentos. Outros precisam de tratamentos contínuos, incluindo medicamentos específicos, dieta controlada e exames periódicos. Por isso, o plano terapêutico deve ser sempre individualizado. O diagnóstico precoce, além disso, faz toda a diferença. Animais acompanhados desde os primeiros sinais têm mais chances de manter uma boa qualidade de vida, e o controle contínuo ajuda a prevenir complicações. Quando tratado de forma adequada, o pet pode viver normalmente, mesmo com o sopro cardíaco.
Se o veterinário identificar a necessidade, o tutor pode ser encaminhado para um especialista. Isso acontece com frequência em casos em que o sopro aumenta com o tempo ou quando os sintomas se intensificam. O especialista avaliará a função cardíaca em detalhes e ajustará o tratamento conforme necessário.
Fale com um especialista
Os sopros cardíacos em pets não devem ser motivo de pânico imediato, mas também não devem ser ignorados. Embora alguns sejam inofensivos, outros indicam doenças que precisam de acompanhamento contínuo. A observação atenta dos sintomas e a realização de exames são atitudes essenciais para garantir a saúde do pet.
Mas a boa notícia é que, com diagnóstico e tratamento adequados, muitos pets com sopros cardíacos vivem bem e por muitos anos. A chave está em não adiar a consulta veterinária. Então agende uma avaliação com um cardiologista veterinário.
Dra. Fabiane Cunha