A remoção de tártaro em cães e gatos é um procedimento odontológico essencial para manter a saúde bucal dos pets. Primeiramente, o veterinário realiza uma avaliação completa da cavidade oral do animal. Durante este exame, ele identifica áreas com acúmulo de placa bacteriana e tártaro mineralizado.
O procedimento sempre requer anestesia geral para garantir segurança e eficácia. Antes da anestesia, o animal passa por exames pré-operatórios que avaliam principalmente suas condições gerais, cardíacas, hepáticas e renais. Dessa forma, o veterinário assegura que o pet está apto para receber a medicação anestésica. A remoção de tártaro em cães e gatos utiliza equipamentos ultrassônicos especializados. Estes aparelhos vibram em alta frequência, quebrando delicadamente os depósitos mineralizados aderidos aos dentes. Simultaneamente, jatos de água removem os fragmentos soltos e resfriam os dentes pelo aquecimento do equipamento durante o uso.
Etapas do procedimento
O anestesista especializado inicialmente faz o exame físico do paciente e a aplicação de um sedativo para tranquilizar o animal. Em seguida, é realizada a anestesia e monitoramento constante dos sinais vitais. O dentista veterinário então realiza o exame completo da cavidade oral incluindo mucosas, palato, orofaringe, região sublingual e as radiografias intraorais. Após a conclusão do diagnóstico, começa a limpeza supragengival, removendo o tártaro visível na superfície dentária com o uso de aparelhos de ultrassom dentário.
Posteriormente, executa-se a limpeza subgengival manualmente com curetas odontológicas de forma minuciosa, eliminando bactérias acumuladas abaixo da linha da gengiva. Não encontrando focos de infecção subgengival, o dentista veterinário realiza então o polimento dental. Esta etapa utiliza uma pasta abrasiva especial que alisa a superfície do esmalte. Consequentemente, dentes polidos acumulam menos placa bacteriana no futuro. Durante todo o procedimento, o veterinário avalia cada dente individualmente. Ele identifica cáries, fraturas ou dentes que necessitam de extração. Ademais, examina as gengivas em busca de sinais de doença periodontal avançada.
A remoção de tártaro em cães e gatos também inclui irrigação antisséptica das bolsas periodontais. Esta lavagem elimina bactérias remanescentes e promove a cicatrização gengival adequada.
Riscos do tártaro não tratado
O tártaro não tratado em cães e gatos pode evoluir rapidamente para doenças periodontais graves que comprometem a estrutura de sustentação dos dentes. Primeiramente, as bactérias presentes no tártaro causam inflamação gengival intensa, levando à retração das gengivas e exposição das raízes dentárias. Além disso, a infecção pode formar abscessos dolorosos que causam grande desconforto ao animal. Consequentemente, muitos pets desenvolvem dificuldade para mastigar e perdem o apetite, resultando em perda de peso significativa.
Mais preocupante ainda, as bactérias do tártaro podem entrar na corrente sanguínea e causar infecções sistêmicas graves. Estes microrganismos frequentemente se alojam nas válvulas cardíacas, causando endocardite bacteriana que pode ser fatal. Ademais, rins e fígado também podem ser afetados por estas infecções secundárias. Por outro lado, o mau hálito persistente e a dor dental constante afetam drasticamente a qualidade de vida do animal, tornando-o mais irritadiço e menos sociável.
Benefícios da remoção de tártaro em cães e gatos
Este procedimento oferece múltiplos benefícios para a saúde geral dos animais. Principalmente, elimina bactérias causadoras de gengivite e periodontite. A remoção adequada previne a perda dentária prematura e reduz significativamente o mau hálito. Além disso, o tratamento odontológico previne complicações sistêmicas graves. Bactérias orais podem migrar pela corrente sanguínea e afetar órgãos vitais como coração e rins. Portanto, a limpeza dental regular protege estes órgãos de infecções secundárias.
O pós-operatório da remoção de tártaro em cães e gatos requer cuidados específicos: alimentação pastosa nos primeiros dias; medicação anti-inflamatória conforme prescrição; higiene oral com produtos veterinários; retorno para avaliação em 15 dias. Finalmente, a prevenção continua sendo a melhor estratégia. Escovação dental regular e petiscos odontológicos auxiliam na manutenção da higiene bucal. Entretanto, a limpeza profissional permanece indispensável para remover o tártaro já formado.
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