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A Odontologia sempre fez parte da vida pessoal e profissional da Médica Veterinária Vanessa Carvalho.
Membro de uma família de cirurgiões dentistas, sempre esteve em contato com a área odontológica humana, aprendendo e trocando experiências na discussão de casos clínicos e diferenciais de tratamento, desde a época de sua graduação até posteriormente, na sua pós-graduação.
Durante sua formação acadêmica, fez seu primeiro trabalho de pesquisa sobre “Doença Periodontal em Cães”. Aos primeiros 3 anos de prática profissional como clínica e cirurgiã geral, na cidade de Bauru, participou de diversos trabalhos de pesquisa como voluntária na Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia de Bauru, além de continuar seus estudos na área Clínica e Cirúrgica em nível de pós-graduação (Especialização) na Fundação de Ensino Octávio Bastos, em São João da Boa Vista.
Durante esta primeira pós-graduação, realizou sua segunda pesquisa na área de Odontologia Veterinária sobre “Tratamentos Preventivos para Manter Boa Saúde Bucal em Cães e Gatos”. Nesta oportunidade, conheceu o Prof. Dr. Marco Antônio Gioso, que concedeu-lhe um estágio em seu Laboratório de Odontologia Comparada da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP em São Paulo. E lá permaneceu por ininterruptos 9 anos: 1 ano de estágio extra-curricular, tornando-se membro de sua equipe, participando de aulas, cursos, palestras, congressos, pesquisas e principalmente, ao atendimento à pacientes. Foram anos de muito trabalho e dedicação, com a conclusão de importantíssimos projetos: Mestrado em Ciências, área de concentração: Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, com pesquisas em anatomia bucal e dissertação sobre “Ossos do Sistema estomatognático e da Articulação Temporomandibular de Cães e Gatos: Enfoque Anátomo-Cirúrgico”; Doutorado em Cirurgia, com pesquisas na área de oclusão e tese sobre “Cirurgia Ortognática em cães: Técnica Intra-Oral de Osteotomia Sagital da Mandíbula para Correção de Prognatismo e Retrognatismo: Estudo em Cadáveres”; Por fim, conclusão do pós-doutorado, com pesquisas na área de fraturas mandibulares e resistência da fixação, com o tema ” Avaliação Biomecânica da Fixação Óssea com Mini-placa ou Parafuso Bicortical em Osteotomia Sagital da Mandíbula em Cadáveres de Cães”.
Durante todo este percurso, foi também integrante da primeira turma do Curso de Especialização em Odontologia Veterinária da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa-SP), da qual foi diretora por 6 anos e, atualmente, é coordenadora do mesmo curso. Também participa ativamente como diretora da Associação Brasileira de Odontologia Veterinária (ABOV), desde a sua fundação, de forma totalmente voluntária.
Em meio a tantos estudos, o atendimento a pacientes unido ao ensino de alunos durante seus 9 anos de trabalho na Universidade de São Paulo, sempre foi sua grande paixão. Ainda teve a oportunidade e o privilégio de participar da equipe de Médicos Veterinários da Clínica Odontovet por 1 ano, onde manteve parceria para o atendimento à seus pacientes particulares até dezembro de 2011.
“Após acumular tantas experiências, sinto-me totalmente preparada para oferecer aos meus pacientes, um atendimento de primeiríssima qualidade. Esta é a realização de um grande sonho, movido pela paixão que tenho pela minha profissão e pelos meus pacientes. Ficarei honrada em poder atendê-los!”
Frente às maloclusões de ordem esquelética em cães que, em muitos casos, têm causado grande desconforto pelo contato dente a dente ou dente em tecidos moles, de forma inédita, uma técnica de cirurgia ortognática em cadáveres de cães avaliou a exeqüibilidade da osteotomia sagital da mandíbula nesta espécie como forma de tratamento das maloclusões esqueléticas, apresentando resultados favoráveis para a sua futura realização in vivo. As extremidades ósseas fixadas com mini-placas ou parafusos bicorticais de titânio, com 1,5mm de diâmetro, ofereceu boa estabilidade aos focos de fratura. Entretanto, a análise de estabilidade foi mensurada manualmente, sem estudos biomecânicos que comprovassem a magnitude de força suportada por este método de fixação. Portanto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar, por testes biomecânicos, a resistência dos diferentes tipos de fixação rígida mandibular em 16 cadáveres de cães, submetidos a cirurgia ortognática pela técnica de osteotomia sagital.
As maloclusões de ordem esquelética são alterações do crescimento das bases ósseas mandibulares e maxilares que acarretam em mal posicionamento dentário e conseqüentemente, perda ou restrição da função mastigatória. Em muitos casos, grande desconforto pode ser causado pelo contato dente a dente ou dente a tecidos moles. Atualmente, na Medicina Veterinária, estes traumatismos vêm sendo tratados de forma paliativa pela ausência de protocolo cirúrgico estabelecido. Na odontologia humana, a cirurgia ortognática é o recurso mais indicado pelos cirurgiões-dentistas para se corrigir as maloclusões esqueléticas severas, trazendo benefícios estéticos e funcionais aos seus pacientes. Com o mesmo intuito, este trabalho analisou a viabilidade da realização da técnica intra-oral de osteotomia sagital mandibular em cães em amostra de 20 cadáveres portadores de maloclusão esquelética. Após a osteotomia e reposicionamento da mandíbula, as extremidades ósseas foram fixadas com mini-placas e parafusos de titânio, com 1,5mm de diâmetro. A análise estatística mostrou que houve diferença significativa da oclusão final dos cadáveres testados (Teste de Wilcoxon, p < 0,05) onde, em 95% dos casos, houve a correta fratura em bizel e, em 100% dos casos, houve a preservação do feixe alveolar inferior durante a osteotomia e a fixação. Independente do método de fixação, esta apresentou-se estável em 100% dos casos. Concluiu-se, portanto, que a técnica intra-oral de osteotomia sagital da mandíbula em cães é viável, porém ressalta-se a importância em realizar planejamento ortodôntico-cirúrgico prévio para adequado ajuste oclusal durante o ato cirúrgico in vivo.
O controle da dor é muito importante fisiologicamente pois, quando a dor aumenta, ocorre grande estímulo do sistema nervoso simpático com a liberação de catecolaminas, promovendo vasoconstrição e taquicardia. A dor também resulta em diminuição da motilidade gastrointestinal, estimula a liberação de hormônio antidiurético, leva ao estresse, estimulando negativamente o processo de cura e o sistema imunológico.
Não são apenas seres humanos que devem ter cuidados com a higiene bucal, os animais de estimação também sofrem de doença periodontal, entre outros males. Este artigo relata como ocorre o desenvolvimento da doença periodontal e suas consequências sistêmicas.
Este relato mostra a doença periodontal acometendo um cão da raça Sheepdog de 3 meses de idade e ilustra a importância de se atentar para o exame da cavidade oral dos animais logo nos primeiros dias de vida.
Se o dente permanente nasce e o dente de leite não cai, o cão ou o gato ficam sujeitos a alterações na mordedura (alterações de oclusão) e a sérios traumas. Saiba como identificar o problema e como corrigí-lo.
Este artigo descreve a anatomia óssea do crânio e da cavidade oral de cães e gatos, com enfoque cirúrgico, ilustrando detalhes anatômicos importantes para o sucesso de cirurgias invasivas da cavidade oral. Ainda aborda a fórmula dentária das 2 espécies, musculatura, inervação, glândulas salivares e sistema vascular.
As neoplasias benignas que acometem a cavidade oral de cães e gatos são relativamente freqüentes nos cães, mas podem eventualmente acometer os gatos. Podem ser observadas na simples forma de uma hiperplasia gengival localizada, generalizada ou ainda na forma de grandes massas tumorais, semelhantes a neoplasias malignas, que acabam confundindo o clínico veterinário na hora de fechar o diagnóstico. Apenas o exame histopatológico é capaz de confirmar a origem celular das neoplasias mas, realizando-se um bom exame clínico, com exames complementares adequados, é possível se estabelecer qual a melhor conduta terapêutica a ser tomada. O tratamento deve então ser individualizado caso a caso, removendo-se a massa tumoral de maneira mais ou menos radical, dependendo do tipo neoplásico em questão.
A cavidade oral dos pequenos animais possuem inúmeras glândulas que drenam a secreção salivar, cujas funções são proteção da mucosa de revestimento, mantendo a umidade do meio bucal e, quando misturada ao alimento, facilita a mastigação e lubrifica a passagem do bolo alimentar. Este artigo relata a anatomia das glândulas salivares em pequenos animais e as doenças mais comuns e seus respectivos tratamentos.
Considerando estudos anteriores sobre a similaridade entre a composição química do agregado de trióxido mineral e o cimento Portland, o objetivo deste estudo foi investigar a resposta pulpar de dentes de cães após pulpotomia e proteção pulpar direta com MTA Angelus e cimento Portland branco. Trinta e oito remanescentes pulpares foram recobertos com esses materiais. Cento e vinte dias após o tratamento, os animais foram sacrificados e os espécimes removidos e preparados para análise histológica. Ambos os materiais demonstraram os mesmos resultados quando utilizados como materiais de capeamento pulpar, induzindo a formação de ponte de tecido mineralizado e mantendo a vitalidade pulpar em todos os espécimes. Ambos matérias se mostraram efetivos como protetores pulpares após pulpotomia em dentes de cães.
A doença periodontal, além de causar desconforto ao animal, pode promover outras doenças à distância. Conseqüentemente, a prevenção desse tipo de agravo é de extrema importância para a saúde bucal e geral dos animais. Assim sendo, o presente trabalho propõe-se a discutir os diferentes métodos de controle da placa bacteriana e do cálculo dentário em animais de companhia, e como realizá-los. A escovação dos dentes é o método mais efetivo para a remoção de placa e a prevenção da doença, e deve ser realizada freqüentemente, com técnicas e materiais apropriados para o bom desempenho do procedimento. O uso de objetos mastigatórios para a higiene bucal – tais como ossos, biscoitos e dietas específicas para controle da placa – é um adjunto à profilaxia e pode ser recomendado. Além disso, podem ser empregados anti-sépticos orais e diferentes tipos de antibióticos (ou associações entre estes) que, em estágios iniciais da doença ou logo após o ato cirúrgico, colaboram no controle químico da placa, reduzindo a bacteremia durante o trans-operatório e o controle da infecção na fase pós-cirúrgica, entre outras indicações.
Este artigo relata um caso de cisto dentígero na região de dente canino superior, em um felino da raça Siamês de 6 meses de idade. O dente decíduo foi extraído e as paredes do cisto foram curetadas. O dente permanente não foi removido, entretanto, apresentava mobilidade após o procedimento cirúrgico. Seis meses após o tratamento, o dente permanente apresentava-se sem mobilidade ou formação de bolsa periodontal. O dente apresentava alterações anatômicas porém apresentava-se funcional e com aparência aceitável.
Desmistificar a exodontia significa desvendar as dificuldades que a técnica apresenta, relatando os tempos cirúrgicos passo a passo para que sirva de guia ao clínico veterinário que desejar realizá-la. Assim, duas vias para a realização da exodontia serão descritas: a via alveolar e a extra-alveolar. A aplicação de uma ou de outra técnica vai depender das condições dento-alveolares, das condições gerais do paciente, da ocorrência de complicações durante a exodontia (como fratura radicular, processos de anquilose) e dos recursos disponíveis para a realização dos procedimentos. Em geral, a via alveolar é preferencialmente utilizada, já que há menor trauma aos tecidos periodontais. Entretanto, pode demandar maior tempo pela dificuldade em se remover raízes fraturadas ou anquilosadas. Nestas condições ou em casos de raízes muito finas e longas como as dos dentes caninos decíduos, a via extra-alveolar pode ser requerida. Ambas, quando realizadas de forma correta, trazem bons resultados e ótima recuperação ao paciente. O presente artigo visa, portanto, a apresentação dos instrumentais necessários e das duas técnicas utilizadas para a realização do procedimento com segurança e qualidade.
Não são apenas os seres humanos que devem ter cuidados com a higiene bucal, os animais também sofrem com a doença periodontal. Este artigo relata a importância de se prevenir a doença periodontal em animais de companhia.
Os modelos de estudo em odontologia veterinária oferecem valiosas informações sobre representação das arcadas dentárias do animal, como o aspecto da oclusão e mal posicionamentos dentários, fundamentais para o diagnóstico e planejamento ortodôntico. Também são utilizados para a confecção de alguns aparelhos ortodônticos. Este artigo mostra o passo a passo para a confecção de modelos de estudo em animais e propõe uma padronização dos recortes dos modelos, baseado na padronização existente na odontologia humana.
O complexo gengivite-estomatite-faringite (CGEF) é uma doença frequente da cavidade oral dos felinos, caracterizada por intensa inflamação gengival e não gengival, ulcerada ou ulceroproliferativa, muito mais severa do que a reação que normalmente se esperaria perante o progresso da doença periodontal. A idade média dos animais afetados é de oito anos, variando entre três a quinze. O CGEF frequentemente é refratário aos tratamentos clínicos, sem que nenhum protocolo tenha se mostrado totalmente eficaz. A extração de todos os dentes pré-molares e molares tem demonstrado os melhores resultados, com cerca de 80% dos animais clinicamente curados ou apresentando melhora significativa. Vários agentes infecciosos são suspeitos de estarem envolvidos no desenvolvimento da doença.
A dor e suas consequências fisiológicas vêm sendo amplamente discutidas e estudadas nos últimos anos, e essa preocupação também faz parte da rotina odontológica. A anestesia geral possibilita o trabalho na cavidade oral sem riscos para o médico veterinário, além de bloquear os estímulos dolorosos (dependendo da qualidade anestésica). Com a associação da anestesia local, aumenta-se a eficiência analgésica durante o procedimento cirúrgico e no pós-operatório, reduz-se o consumo do anestésico geral e há mais segurança para o paciente, além de favorecer uma rápida recuperação da consciência. Esses benefícios favorecem um rápido restabelecimento, por manter o consumo hídrico e alimentar. As técnicas são facilmente realizadas e praticamente não oferecem riscos, quando bem utilizadas. Este artigo revisa as técnicas de anestesia local mais utilizadas na odontologia veterinária, como as terminais (tópica e infiltrativa) e os bloqueios regionais, assim como os anestésicos que podem ser utilizados nesses procedimentos
Sabe-se que o estudo da anatomia é de fundamental importância para todo e qualquer procedimento médico-cirúrgico, como também para o entendimento de toda a fisiologia e das doenças que acometem os seres vivos. Porém, para a prática da odontologia veterinária, especialidade que vem crescendo sobremaneira nos últimos anos, nota-se a ausência de uma compilação única do estudo anatômico da cabeça das espécies mais tratadas, especificamente cães e gatos. Considera-se, portanto, oportuno realizar um estudo geral dos ossos do crânio, dando ênfase ao sistema estomatognático e incluindo a articulação temporomandibular, visando descrever, ilustrar e correlacionar suas estruturas, aplicando este conhecimento na prática cirúrgica, ressaltando os pontos de maior importância para o desempenho da especialidade, disponibilizando uma base de conhecimento que atue como um “guia” para o médico-veterinário que se interessa e pratica a odontologia veterinária. Para a realização das ilustrações, crânios de cães e gatos foram preparados pela técnica de maceração, fotografados e radiografados, com suas estruturas ósseas identificadas de acordo com as necessidades da correlação cirúrgica.